Dicas para escolher imóveis com conforto acústico

Preste atenção aos seguintes aspetos:

> existência de elementos embutidos nas paredes que potenciem a perda de isolamento (p. ex. colunas de som e aberturas para ventilação);

> qualidade e estado das janelas, caixilharia e estores (p. ex. vedação apropriada das frinchas, correto isolamento da caixa de estore, vidros espessos – de preferência duplos ou triplos – e correto funcionamento do sistema de abertura – de preferência de batente);

> presença de teto falso e  materiais absorventes no piso (p. ex. alcatifa e carpete) ou de piso flutuante;

> localização de equipamentos ruidosos (p. ex. casa de máquinas de elevadores, automatismos de portas de garagem ou sistemas de ventilação mecânica) junto de quartos, dada a emissão de ruído que pode perturbar o descanso;

> existência de estabelecimentos comerciais no edifício ou nas redondezas, bem como vias de tráfego rodoviário intenso, uma vez que produzem ruído potencialmente incomodativo;

Muito importante:

Não se deixe encantar por equipamentos e acabamentos ditos de luxo. Como os problemas de isolamento acústico nem sempre estão à vista, principalmente no que toca à espessura e material que compõe as paredes e a laje, antes de comprar um imóvel peça que lhe mostrem o relatório de avaliação acústica do mesmo. Este documento pode fazer a diferença na sua decisão final.

Lembre-se que o desconforto acústico é das principais causas que leva à existência de conflitos entre vizinhos, principalmente nos edifícios de apartamentos, obrigando muitas vezes as pessoas a mudar de habitação.

Se já comprou um imóvel e suspeita que este está mal isolado, reclame junto do construtor e da câmara municipal. Apesar desta entidade ter que fiscalizar o trabalho dos construtores exigindo para o efeito o relatório de avaliação acústica na fase final do licenciamento, ainda existem algumas câmaras que não o fazem, contribuindo assim para a existência de muitos casos de incumprimento, conforme já foi referido num estudo da DECO.